O golpe arquitetado por ele e seus companheiros de partido em 1923, que ficaria conhecido como o Putsch de Munique, foi um fracasso. Hitler foi preso e o partido ficou praticamente desestruturado. Mas Adolfinho não se abalou com isso.
Durante os 9 meses em que ficou preso, ele escreveu sua autobiografia, intitulada Mein Kampf. Lá demonstrou todo seu ódio aos judeus e comunistas, além de ter exaltado muito o nacionalismo alemão.
No fundo ele só reforçou os ideais do partido Nazista através da sua história de vida.
Entretanto, ao sair da prisão, Hitler se deparou com uma Alemanha diferente daquela que conhecia quando foi preso.
Entre 1924 e 1929, a economia do país havia passado por uma recuperação, graças a ajuda de capital norte-americano. As indústrias retomaram suas atividades, as taxas de desemprego e de inflação diminuíram, os salários aumentaram, tudo muito bem, tudo muito bom...
Isso sem falar que Hitler que teria que esperar até 1930 para que seu partido começasse a se erguer novamente como uma força política influente (a situação estava complicada para Adolfinho).
Só que aí a Grande Crise de 1929 chegou à Europa.
E então a íntima relação com os Estados Unidos, o país antes responsável pela reabilitação econômica deles, acabou levando a Alemanha mais uma vez à ruína. (Para quem não está ligado essa crise aí começou justamente nos EUA).
E dessa vez foi ainda pior: as indústrias alemãs e o setor bancário quebraram completamente. Em 1930 a produção industrial alemã caiu para 58% do que era em 1928. Mais de 5 milhões de trabalhadores perderam o emprego (tipo 8% da população).
As consequências dessa crise foram tão severas que o governo alemão não conseguiu fazer muita coisa naquele primeiro momento. Porém, essa suposta incompetência do Reichstag em lidar com a crise não passou nada desapercebida.
Por causa dessa situação caótica que se instaurou na Alemanha vários setores da população alemã começaram a perder a fé no sistema de partido e na própria república.
Olha aí o tempo fechando para a democracia....
O pior é que a Constituição de Weimar, apesar de essencialmente liberal e democrática, previa a possibilidade de um regime ditatorial em casos de exceção (No Império Romano acontecia uma parada bem parecida). E foi exatamente por essa fresta que Hitler e os nazistas ocupam o poder.
Apoiado por parte dos empresários, da classe média e dos trabalhadores alemães, o Partido Nazista conquistou influência suficiente no Parlamento, mais precisamente: 230 de 608 cadeiras no Parlamento Federal, para, em 1933, conseguir forçar a nomeação de Adolf Hitler para o cargo de chanceler.
Dá uma olhada no que aconteceu depois:
1) Os partidos da oposição foram imediatamente colocados na ilegalidade.
2) Em 1933 os Nazistas abriram o primeiro campo de concentração em Dachau.
No começo ele era para abrigar prisioneiros político, só que aí ele digi-evoluiu para uma casa de assassinato de artistas, intelectuais, ciganos, pessoas deficientes, homossexuais e principalmente judeus...
3) E, no ano seguinte, Hitler se apropriou também da presidência da república e se tornou o único chefe de Estado do país.
O Führer...
A chegada de Hitler ao poder inaugurou o chamado Terceiro Reich, um dos períodos mais tenebrosos da história recente da Europa.
Uma vez com o poder consolidado os Nazistas colocaram toda sua atenção em acabar com o Tratado de Versalhes e restaurar a glória do Império Alemão.
Alegando que o Tratado de Versalhes havia separado alemães de alemães com a criação de estados, como a Áustria e Checoslováquia, e que toda nação quando chega a certo patamar de desenvolvimento precisa conquistar territórios menos desenvolvidos, teoria do espaço vital de Ratzel, eles começaram o expansionismo.
Reocuparam a Renânia em 1936, anexaram a Áustria em 1938, invadiram a Checoslováquia em 1939 e em 1 de setembro de 1939 foram para cima da Polônia.
Entretanto esse último movimento fez com que a Inglaterra e a França declarassem guerra à Alemanha. Começando assim a Segunda Guerra Mundial.
Última consideração aqui.
Tenham em mente que Hitler não agiu sozinho.
Suas ordens contaram com o apoio, a obediência, ou mesmo com a indiferença de muita gente.
Antes de tudo, Hitler foi um dos produtos mais sombrios de uma Alemanha, de uma Europa e de valores sociais em crise.
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