sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Alexandre o Grande - Construindo um império


Poderoso imperador macedônico, nascido em Pela, na Macedônia, filho de Felipe II, um dos poucos homens que se pode afirmar que definiram o curso da história humana. Seu gênio militar se impôs sobre o império persa e assentou as bases da majestosa civilização helenística. Aos 13 anos, seu pai contratou um dos homens mais sábios de sua época, Aristóteles, para se encarregar de sua educação. Extremamente inteligente o notável príncipe aprendeu as mais variadas disciplinas: retórica, política, ciências físicas e naturais, medicina e geografia, ao mesmo tempo em que se interessava pela história grega e pela obra de autores como Eurípides e Píndaro. Também se distinguiu nas artes marciais e na doma de cavalos, de tal forma que em poucas horas dominou o famoso eqüino Bucéfalo, que viria a ser sua inseparável montaria. Na arte da guerra recebeu lições do pai, militar experiente e corajoso, que lhe transmitiu conhecimentos de estratégia e lhe inculcou dotes de comando e começou a demonstrar seu valor aos 18 anos, quando, no comando de um esquadrão de cavalaria, venceu o batalhão sagrado de Tebas na batalha de Queronéia (338 a. C.).  Assumiu o reino da Macedônia aos 20 anos, após o assassinato do pai (336 a. C.) e se dispôs a iniciar a expansão territorial do reino apoiado em um poderoso e organizado exército, dividido em infantaria, cuja principal arma era a zarissa (lança de grande comprimento) e cavalaria, que constituía a base do ataque. Cruzou o Helesponto (334 a. C.), na batalha de Isso (333 a. C.) derrotou Dario pela primeira vez, a seguir conquistou a Síria (332 a. C.) e entrou no Egito. No delta do rio Nilo fundou Alexandria (332 a. C.), com o propósito de realizar o sonho de unir a cultura oriental à ocidental, e a cidade logo se projetou como pólo cultural e comercial. A seguir voltou a Mesopotâmia, onde novamente enfrentou e aniquilou de vez o poder de Dario na batalha de Gaugamela (331 a. C.), determinando a queda definitiva da Pérsia. Com a morte de Dario (330 a. C.), foi proclamado rei da Ásia e sucessor da dinastia persa.  Casou com Roxana (328 a. C.), filha do sátrapa da Bactriana, com quem teve um filho. Partiu então para a longínqua Índia (327 a. C.), país mítico para os gregos, no qual fundou colônias militares e cidades, entre as quais Nicéia e Bucéfala, esta erigida em memória de seu cavalo, às margens do rio Hidaspe. Ao alcançar o rio Bias, com as tropas cansadas decidiu regressar à Pérsia, viagem em que foi acometido de uma febre desconhecida que se mostrou incurável e o matou aos 33 anos, na Babilônia. O mundo jamais viu outro governante de existência tão curta, formar um império tão grande, pela Ásia e norte da África, da Índia até o Egito, eliminando o império persa e estabelecendo completo domínio sobre a Grécia, Palestina, Egito, Pérsia e Mesopotâmia e chegando até a Índia, fundando várias cidades e tornando-o o maior império territorial até então conhecido, com o mérito de manter esta unidade imperial sobre um território tão amplo e complexo, respeitando os vencidos e seus costumes e religiosidades. Suas conquistas trouxeram a influência da civilização grega no Oriente tornando-o fundador do helenismo, o fenômeno cultural, político e religioso que se prolongou até os tempos do império romano





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